Suzuki: 5 modelos clássicos para desfrutar do verão
A palavra descapotável não será, certamente, a primeira a surgir-nos no pensamento quando falamos da Suzuki. Porém, foram muitos os modelos a céu aberto desenvolvidos pela marca japonesa desde o lançamento da primeira geração do Jimny, o LJ10, em 1970.
Na verdade, todas as gerações do mítico Jimny – exceto a atual – disponibilizaram uma versão em que era possível retirar uma secção do tejadilho para assim se desfrutar da sensação de conduzir de capota aberta.
Porém, a história dos descapotáveis da Suzuki não foi apenas escrita pelo pequeno todo-o-terreno que tantos fãs reúne no mundo automóvel. São vários os modelos que deram o seu contributo para essa herança, lista onde se incluem, igualmente, alguns concepts que, por um ou outro motivo, nunca avançaram para a produção.
Entre estes últimos destacam-se nomes como o R/S1 de 1985, um espetacular desportivo de construção ligeira (720 kg) equipado com um motor de 1,3 litros e 100 cv colocado em posição central.
Mas focando-nos apenas nos modelos que podemos efetivamente procurar, comprar e desfrutar, seguem-se, então, cinco modelos Suzuki, mais ou menos clássicos, para conduzir este verão.
1 – Jimny
O Jimny LJ10 de 1970 dispunha de uma carroçaria compacta com um tejadilho e portas amovíveis, oferecendo três lugares no seu interior mais o espaço para acomodar a roda suplente, elemento que não podia destacar-se da carroçaria de forma a manter o comprimento total abaixo da exigência legal para assim ser homologado como um “Kei Car” no Japão.
O Jimny foi o primeiro veículo de tração às quatro rodas da Suzuki, bem como o primeiro descapotável, modelo que, segundo a marca japonesa, se assumiu também como o primeiro SUV de dimensões reduzidas, quebrando a tradição de um segmento habituado a veículos de grandes dimensões e de elevada cilindrada. Em 1972, foi lançada a versão de capota rígida.
Desde o seu lançamento original, o Jimny tem vindo igualmente a destacar-se como um ícone de design e como um verdadeiro símbolo da capacidade 4×4 da Suzuki. Foram produzidos mais de três milhões de unidades (entre os quais 215.803 unidades na fábrica de Linares na vizinha Espanha) de um modelo que surpreendeu tudo e todos ao longo das suas várias gerações com as suas impressionantes habilidades todo-o-terreno e com a sua lendária robustez.
Todos os Jimny, com exceção da atual interpretação do modelo, ofereceram uma versão com tejadilho amovível, em alguns casos feitos de fibra e noutros de lona.
2 – Swift
O Swift cabrio, produzido entre 1992 e 1995, conquistou rapidamente muitos fãs pela sua qualidade, design e preço, bem como por proporcionar sensações a céu aberto num segmento onde esse tipo de oferta era escassa. O Swift cabrio assumia-se veículo compacto de dois lugares com uma capota de lona e com um design puro e simples, contando também com uma construção de baixo peso, beneficiando a agilidade e um baixo consumo de combustível graças ao seu motor de 1,3 litros com 68 cavalos.
A Suzuki transformou o Swift num descapotável através de uma secção traseira completamente nova e de um pilar A inovador, com uma inclinação acentuada, cuja base fazia parte da porta. O construtor de carroçarias Zender apresentou uma visão única de um Swift speedster desta geração em 1991, a qual se baseava no Swift GTi e se apresentava sem para-brisas, o Swiftster. No entanto, as unidades que foram efetivamente produzidas não prescindiram desse elemento essencial.
Esta foi a única geração do Swift com uma versão de produção descapotável, embora tenham surgido vários concepts que proporcionavam um vislumbre do que poderia vir a ser um futuro Swift descapotável. O concept Swift S2 foi um desses estudos e apresentava uma capota rígida retrátil.
3 – Vitara
A Suzuki lançou o Vitara em 1988 com um design e numa tipologia de automóvel absolutamente inovadores para a época, assumindo-se como um dos primeiros SUV modernos da história, contando com um design atrativo, carroçaria alta e compacta, peso reduzido e combinando uma boa aptidão e agilidade em estrada com boas capacidades fora dela.
À primeira vista, a carroçaria compacta de três portas do Vitara separava-o dos volumosos modelos 4×4 já disponíveis no mercado, mas mantinha, igualmente, uma sensação de robustez para a qual contribuíam os elementos mais pronunciados da sua carroçaria, bem como a sua icónica porta traseira na qual a roda sobresselente estava posicionada.
O primeiro Vitara foi proposto com carroçaria rígida e em versões com tejadilho de fibra ou de lona que permitiam que os bancos traseiros ficassem completamente a descoberto e os bancos dianteiros sem a parte superior do tejadilho. No Vitara com tejadilho de fibra, isto era conseguido removendo as duas peças que o compunham. A variante com tejadilho de lona permitia que esta peça fosse rebatida e acomodada na retaguarda, na qual as janelas laterais e o vidro traseiro também podiam ser removidos separadamente.
A segunda geração, denominada Grand Vitara, também propôs uma versão com um tejadilho de lona, mas neste caso dispunha de duas partes independentes. Por um lado, a capota traseira podia ser rebatida – completamente ou removendo apenas as janelas laterais – mas também era possível recolher secção dianteira do tejadilho de lona.
4 – X90
Em 1995, muito antes do atual sucesso que são os populares crossovers, a Suzuki lançou um modelo que ainda hoje seria inovador. O X90 foi um automóvel revolucionário: carroçaria SUV, tração integral, duas portas, coupé e descapotável. Tudo num só automóvel. Com o Vitara, a Suzuki esteve à frente do seu tempo ao lançar um dos primeiros SUV modernos e o X90 assumiu-se, posteriormente, como uma autêntica revolução no conceito de veículo de lazer, com uma imagem inovadora e uma refrescante sensação de liberdade.
O Suzuki X90 dispõe de um habitáculo de dois lugares, um tejadilho amovível em duas partes e uma traseira tipo coupé. Construído com base no Vitara, era alimentado por um motor de 1,6 litros com 95 cv, contava com tração às quatro rodas e destacou-se como uma proposta ideal para um estilo de condução descontraído e igualmente perfeito para viagens de lazer ao fim de semana. Este modelo foi vendido em todo o mundo e as unidades ainda em funcionamento são muito procuradas no mercado de usados.
5 – Cappuccino
No final da década de 1980, a Suzuki criou um carismático desportivo de dois lugares pensado para a classe dos Kei Cars. Este novo modelo, o Suzuki Cappuccino, tinha apenas 3,3 metros de comprimento e 725 kg de peso. Foi um tremendo sucesso com o seu design intemporal, habitáculo com dois lugares e motor central que lhe conferia uma distribuição de peso ideal de 50/50. Foi lançado em 1991 no Japão, mas a sua atração não passou despercebida além-fronteiras. Em 1993, foi adaptada uma variante para o mercado britânico que também chegou, mais tarde, a outros países europeus.
Este modelo era igualmente muito versátil no que respeita à abertura do tejadilho. Os painéis em alumínio podiam ser removidos separadamente, tornando o Cappuccino num atraente cabrio com carroçaria tipo targa. Também podia ser transformado num descapotável integral retirando-se o arco central e a janela traseira em vidro. Os painéis do tejadilho podiam ser guardados na bagageira e o conjunto do vidro traseiro e do arco central ficavam escondidos na carroçaria atrás dos bancos.
Ao longo do tempo, o Suzuki Cappuccino evoluiu para um clássico moderno muito procurado que oferece todas as emoções de uma condução pura e desportiva num pequeno conjunto que tantos entusiastas conquistou e continua a conquistar.