Honda Jazz: argumentos para o dia a dia
Sejamos honestos
Se não pensarmos na cor Azul Brilliant Sporty do carro que estive a testar – cinza ou preto ficam-lhe muito melhor – conseguimos encarar este carro com uma seriedade que ele merece. A sério! Sei que já estão para aí a dizer “epá, mas o Jazz é desinteressante e só na minha rua há dois, ambos com donos que usam boina”. Ok, sou eu que estou a dizer isto, apesar de não ter nada contra boinas, bem pelo contrário. São o acessório perfeito para dizer ao mundo que já desistiram. Já em relação ao Jazz, tenho coisas melhores a dizer. Sou sincero: à primeira vista o carro é desinteressante – felizmente, a Honda já percebeu e o novo Jazz vai ser não só híbrido como ira ter um design muito mais atual – mas sei que vale bem mais do que pensam. Duvidam? Façam um test drive.
Citadino a sério
O motor é um 4 cilindros, 1.3 litros i-VTEC com 100 cavalos. Logo aqui temos já uma vantagem. Um motor robusto, rotativo q.b. e com potência suficiente para qualquer situação urbana. Puxa bem e tem um apelo quase desportivo na condução (o ADN Honda é perceptível). O barulho do motor é um pouco excessivo quando se puxa mais por ele, mas numa condução normal é aceitável. A dinâmica em cidade, para um carro que até parece pouco dinâmico, é surpreendente. Curva bem, a direcção tem o toque exacto para manobrar sem deixar de “sentir” o carro e o conjunto embraiagem-caixa é bom. Se quiseres ter mais descanso podes optar pela caixa automática CVT. Como o carro é mais alto tem vidros grandes a visibilidade é muito boa e a sensação de espaço sai a ganhar.
Espaço, podcasts e Netflix
Espaço há para dar e vender. Desde a arrumação interior, com os porta copos e portas, passando pela bagageira de 350 litros que podem ir até quase 900, chegando aos espetaculares bancos “mágicos”. Precisam de mais espaço para meter aquelas caixas com móveis que compraram? Fácil. É levantar os bancos traseiros e meter tudo lá para dentro. O sistema de infoentretenimento já tem pré-instalada a aplicação AHA que permite ouvir rádio, notícias e podcasts através da internet e se tiveres parado podes sempre ver aquela série da Netflix no ecran.
Queres mais potência? Fácil
A versão Dynamic tem o mesmo motor 4 cilindros mas com 1.5 litros de cilindrada e 130 cavalos. E para que servem todos estes equídeos num citadino? Para começar, para mostrar que os japoneses também podem fazer citadinos com mais picante. Depois, para acelerar em menos de 10 segundos até aos 100 à hora e conseguir alcançar quase 200. Os consumos anunciados deste motor são inferiores a 6 litros/100km. É bem possível. O 1.3 litros de 100 cavalos fez 6,2 no teste. é aceitável.
Tudo o que eu escrevi espero que vos faça pensar que, afinal, o Jazz tem argumentos para o dia-a-dia citadino. Para ajudar a isto, traz 7 anos de garantia sem limite de quilómetros com assistência em viagem e os preços começam a partir dos 18 mil euros.