Ensaio Sprint: Volkswagen Tayron 1.5 TSI 272 cv PHEV DSG R-LINE
Depois de ter estado presente na apresentação nacional do novo Tayron e cumprindo a promessa deixada no final do artigo que daí resultou, regressei àquele que é agora o maior SUV da Volkswagen na Europa (saída de cena do Touareg já confirmada) para um ensaio mais prolongado. Substituto direto do Tiguan Allspace, o novo Tayron está disponível com motorizações Diesel e a gasolina, estas últimas eletrificadas, gama cuja versão híbrida plug-in de 272 cavalos representa o topo da oferta, precisamente a motorização que tive oportunidade de testar.


Ao volante, complementando a boa posição de condução – que peca apenas pelo volante excessivamente inclinado – começo por destacar a facilidade com que o grande Tayron se deixa levar, um daqueles automóveis cuja dimensão exterior parece perder significado logo ao fim de alguns metros percorridos. A disponibilidade da vertente elétrica não é a isso alheia, mas o muito espaço a bordo (já lá vamos), os excelentes bancos, a qualidade elevada do interior e as atmosferas luminosas personalizáveis transmitem uma serenidade e comodidade que rapidamente apreciei, fazendo do habitáculo do Tayron um excelente sítio para se viajar.


Mais de 100 km de autonomia elétrica
Segundo a Volkswagen, a bateria de 25,7 kWh de capacidade (19,7 kWh úteis) é suficiente para percorrer entre 115 a 120 quilómetros em modo elétrico. Neste ensaio, recorrendo ao modo de condução Eco, mas sem grandes preocupações com a eficiência, consegui percorrer 100 quilómetros antes do motor 1.5 TSI acordar pela primeira vez, quase confirmando a autonomia declarada. Ao circular em modo híbrido, depois de esgotada a bateria, o Tayron surpreendeu com um consumo médio de combustível entre os 7 e os 8 l/100 km.
Selecionando-se o modo de condução Sport, o Tayron transforma-se. Não querendo ser um desportivo, até porque as quase duas toneladas estão lá e fazem-se sentir, impressiona pela rapidez com que ganha velocidade e pela forma como consegue “despachar” algumas curvas. Em acelerações mais fortes, o contributo elétrico faz-se sentir, levando os pneus Hankook ao limite das suas capacidades e chamando o controlo de tração a intervir. Um dos pontos altos da experiência é a presença de um sistema de suspensão com amortecimento variável, proporcionando o conforto que se espera de um SUV familiar, mas, por outro lado, também o controlo necessário para explorar a muita potência disponível.



Volkswagen Tayron disponível a partir de 47.268 euros
Tratando-se da versão PHEV, este Tayron não conta com uma terceira fila de bancos, dispondo, no seu lugar, de uma bagageira enorme onde não falta um indispensável compartimento para arrumar os cabos de carregamento. O banco traseiro pode ser ajustado longitudinalmente, sendo também possível variar a inclinação do encosto para um nível de conforto ideal. As portas traseiras são grandes, facilitando o acesso e a colocação de cadeirinhas para os mais pequenos. O teto panorâmico e janelas que abrem na totalidade são também mais-valias do competente Tayron.


Gostei muito deste “BS35JP” em particular. Para além de todos os argumentos que aqui expus, apreciei muito a combinação de potência do motor com o visual R-Line e com as suas muitas capacidades familiares. A cor Ultravioleta é, para mim, a cereja no topo do bolo desta unidade. E ainda que a diferença de preço ronde apenas os 2.600 euros, talvez a variante híbrida plug-in de 204 cavalos chegue e sobre para as encomendas. E se a apresentação desportiva também não for condição obrigatória, o nível de equipamento Urban será, aposto, um Tayron perfeito para todas as ocasiões. E cerca de 6.000 euros mais barato, claro.






